Jogo fora meu ser aparente
Jogo-me disfarçada de vidro
À tua frente
E tu, distraído, avanças e me partes
Sempre, sem me veres.
Jogo fora a matéria
E me disfarço de nuvem
Para te ver de cima
Superior, etérea,
Chovendo minhas lágrimas
Que não te tocam, eu sei,
Tu, guarda-chuva, protegido
E escondido do meu ser emocional,
Que comete descartes das partes
Que não te interessam e repudias,
Em uma negação intencional
Do que não te toca, não te abala
E não fala ao teu racional.
Um comentário:
Tenho gostado cada vez mais de vir aqui, Dayse. E de descobrir esse seu lado poeta.
Beijo.
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