17.6.11

Diário de uma mulher comum - XVII

Ontem à noite, por um breve momento, talvez 10 segundos ou nem isso, eu tive a certeza de que o olhar da minha mãe estava sobre mim.
De repente, sem mais nem menos, no meio de preparativos para ir dormir e outras rotinas automáticas, minha mente (ou coração?) foi invadida por uma só sensação, impossível de descrever em palavras, mas foi como se uma enchente de amor pairasse sobre mim, e assim, subitamente, me vieram lágrimas aos olhos e falei, reconhecendo aquela sensação: "Eu sou muito amada".
Desculpem-me, cínicos de plantão, descrentes ou aqueles que acham que a vida é só rarará, risinhos e besteirol e que tocar nesses assuntos é "coisa de louco".
Preciso avisar que, embora eu não goste de tocar muito neste assunto para não sofrer preconceito, eu sou sensitiva desde que me entendo por gente e, de vez em quando, preciso confiar na minha intuição e mediunidade.
Exatamente por já ter tido ("sofrido"?) incontáveis experiências e por usar minhas "antenas" todos os dias, para as mínimas coisas, sei diferenciar uma ilusão de uma sensação real de contato.
Logo depois que minha mãe faleceu, eu senti diversas vezes, durante uns três dias, alguém passando a mão por minhas costas devagar, como quem consola. Uma ajuda amiga, que me fazia correr minha própria mão por minhas costas ao sentir isso, até onde meu braço permitisse, para ver se não havia uma etiqueta de roupa, um fio de cabelo, um inseto, algo assim, causando a sensação de toque consolador.
Eu já não choro mais todos os dias. Mesmo porque eu preciso é viver e cuidar de mim - e mesmo porque eu evito recordar, porque isso traz muito sofrimento.
E então, quando estou vivendo normalmente, me sinto amada intensamente, por breves instantes.
Assim como veio, passou.
Mas o sono foi embora, o choro veio de novo e no meio da noite, quando eu já caía no sono, fui despertada por um forte cheiro de injeção, de remédio, quando não há a menor possibilidade de existir tal odor na minha casa inteira, menos ainda no meu quarto.
Assim, levantei, acendi a luz, ainda procurei a origem do cheiro, não encontrei e, finalmente, falei para mim mesma: "Let it be".
Deitei-me novamente com a TV ligada baixinho, acomodei-me na minha posição de dormir só escutando a TV (porque fica para o lado contrário daquele em que durmo) e em menos de cinco minutos já estava apagada.
Dormi menos que em muitas noites e acordei sem despertador às cinco e meia. Totalmente repousada.
Obrigada, anjos e amigos do outro lado.
E ao carinho de mãe, que nunca abandona os filhos.

16.6.11

Sarah Bareilles, "Gravity"



Este é o tipo de música que me faz querer me apaixonar novamente. E, mesmo sem estar apaixonada, é "como se", ao escutá-la. Inspiradora.

15.6.11

Três semanas de vida, dentinhos quase nascendo



Essa coisinha fofa é um dos cinco lindos siameses que minha Nyx teve.
Ela estava com seis para sete meses, eu planejava castrá-la dali a alguns dias, quando entrou no cio pela primeira vez e passou a noite fora. Na manhã seguinte, quando eu, desesperada, peguei a bicicleta para procurá-la pelo bairro, assim que saí pelo portão ela cruzou a rua a toda velocidade, com um belíssimo siamês em seu encalço. Ela entrou em casa, o siamês voltou para o seu canto.

Resumo da ópera: minha Nyx entrou no cio e conseguiu encontrar logo um siamês, que lhe deu cinco lindíssimos e saudáveis filhotinhos.

Minha vontade é ficar com todos eles, mas obviamente, não pretendo virar aquelas loucas que têm 10 gatos em casa (embora o pátio seja grande e eu pudesse tê-los). Já estão todos dados, menos um, que minha filha escolheu. Mas minha paixão é esse aí da foto, um machinho que sempre que me vê já vem correndinho para o meu lado.

Um motivo adicional para não ficar com todos: já tenho a Nyx, o Kinim e a Lana...Agora a Nyx vai entrar na castração, como o Kinim e a Lana. Por mais belos que sejam os filhotes, a cada parto eu tenho de lavar e lavar e lavar cobertores... (a Nyx é caprichosa, e eu também).

Minhas coisinhas mais fofas (literalmente)

7:15h, bom dia em Eldorado do Sul