Com quanta ausência se faz um bolo de saudade?
Por quanto tempo se deixa na geladeira o desejo, antes de aquecer para o consumo?
Quantas pitadas de malícia e sutileza temperam a ânsia de ter-te ao meu lado?
Cozinha-se a espera durante quantos dias? Meses? Anos?
E qual a validade da tua receita de aflição amorosa, antes que tudo se deteriore e seja jogado fora?
Ou não é perecível, isso que juntas em mim com maestria dos grandes chefs e deixas prontinho para um grande banquete, privado e sem convidados, no bistrô do teu coração?
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