3.4.17

Se eu pudesse dar apenas um conselho para minha filha, ou para qualquer ser humano, seria:

"Seja boa."

Da bondade pura nós nunca nos arrependemos.

Nossa consciência nunca doerá, ante a iminência da perda de alguém que amamos, se soubermos que demos o melhor de nós, sempre.

Seja boa, seja bom. Com você mesmo, com os outros e com Deus, não culpando a Ele pelo que Ele não causou. Seja boa e entenda que a vida é feita de dor, de sorrisos e de amor, e que no fim, só o que resta é o bem que fizemos (o que nos fizeram pesa bem menos).

Pense nos outros, antes de pensar em você, porque ao fazer isso o seu próprio sofrimento se torna menor (não o contrário).

Pense em você, sim, apenas quando outros quiserem passar por cima dos seus direitos, mas pense em você como alguém que pode se defender sem que isso fira o outro ou a você mesmo.

Convença-se de que as palavras têm força, sim - muito mais que gritos sem sentido, gestos agressivos ou choro descontrolado.

Convença-se de que na maioria das vezes a voz calma e palavras sensatas, gestos mansos e o coração aberto para o outro aliviam todas as dores.

As suas.

E as do outro.

Seja bom, porque se a vida não for muito boa em retribuição à sua bondade, como será, se você for mau?

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