Para gordos, spa.
Quando desamados, divórcio.
Ao sentir sono, olhos fechados.
Quando chocados, desmaio.
Com grandes danos, coma.
Mas não existe folga para a vida.
O lado negro da morte é que não pode ser apenas experimentada (de fato, e nem me venham com experiências psicodélicas, ácidos e soluções alucinatórias).
Se a vida nos cansa, se é insuportável, se precisamos fugir por um bom tempo (de dívidas, de doenças, de amores, da fome, da dor, do horror), de nada adianta querer a morte se não temos certeza absoluta.
Ora, e se eu quiser voltar?
Precisamos inventar uma morte temporária, um ensaio de morte, algo assim como "Pré-Visualização", como quando escrevemos no blog e vemos como ficará. Faltaria apenas o botão de "Salvar" (ou NÃO SALVAR).
É preciso saber antes como ficará... Sem nós. Sem sentir nada (mas, poxa, como saberei, se não posso optar por voltar para contar?, nem me arrepender e voltar atrás?, nem lamentar minha escolha?).
A única folga para a vida é definitiva, e eu não queria desertar. Apenas, um dia, poder descansar bastante e voltar bem fresquinha (certamente...) e repousada.
Uma coisa é certa: não há folga para a vida. E isso, às vezes, não é nada justo.
3 comentários:
Pois é... A gente não podia ter uma(s) fase(s) de *rascunho*?
Meu sonho de consumo: *entrar em rascunho* de vez em quando...
Hold on, babe!
Beijos
Min
é aquilo de "parem o mundo que eu quero descer", né? com a opção de poder subir de novo no próximo ponto.
gosto muito de te ler
tatoca
Voltaste renovada, pelo menos para o blog. Tenho este mesmo sentimento. Aliás, acho que qualquer ser humano. E é claro que inventamos nossas mortes temporárias, para renascermos, como as flores.
Adorei o jeito que vc falou sobre isso. Falei sobre algo parecido, coincidência né? ;)
Olha com mais cuidado que vc vai ver as folgas que temos e nem nos damos conta. A vida é justa, acredite :)
Beijo.
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