Não acredito em conversar sem dizer nada.
(mas acredito em conversas profundas em meio a risadas)
Não acredito em ouvir sem escutar.
Aprendi devagar.
Aprendi a hora de brincar.
E aprendi que quando não é hora de brincar, não vale a pena desperdiçar vida, tempo, palavras, energia e oportunidades fingindo que se conversa.
Conversa, só as de verdade.
Não acredito em amizade sem doação.
Em amigos sem coração.
Em amor sem paixão
(mas paixão não precisa ter tesão).
Não acredito em passar o tempo.
Quero sempre que o tempo não passe.
Perpetuar o agora,
fazer render.
Não ser um equívoco dos deuses no mundo.
Não ser uma palhinha perdida no monte.
Não acredito em lutar todas as batalhas.
Acredito em escolher as que realmente valem a pena.
Não acredito em muitos ideais.
Quero a alma ideal, apenas.
E a calma real
De quem se encontra, sempre,
em seus próprios olhos no espelho,
Não nos olhos do outro.
4 comentários:
me neither.
posso se a primeira a assinar? ;)
beijo daqui.
Es-plên-di-do.
Vou te lembrar uma coisa... TE disse uma vez que fujo pra cá qdo tá tudo meio assim, sem rumo, sem saber, sem pra onde ir. BINGO! Incrível.
Acho que vou roubar. Se eu o fizer, vc vai ver destacado o que me falou mais alto. Bjo grande! Saudade! Te gosto muito!
Estava há pouco apenas folheando o livro " O olho e o espírito" de Merleau- Ponty, é ele que disse " fecho os meus olhos para ver" ? Estava lendo sobre uma parte em que ele escreve sobre a importância do espelho para os artistas, artistas plásticos filósofos, claro está.
Pois é, linda, adorei teu comentário. E, sabe? Tenho muitos, muitos espelhos pela casa, em todos os cômodos (menos na cozinha). Por muitos lados, espelhos.
Para me lembrar, sempre, que a matéria está aqui e que um dia se vai (a cada dia que se esvai).
Por isso quero me ver real, e preciso de muitos para conferir se a imagem ainda é nítida...
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