25.1.07

Diário de uma mulher comum XI


Quando sabemos que uma outra mulher comentou com alguém que "A fulana está bem, né?", é porque estamos bem.
Estamos.
De óculos novos. De cabelos cortados.
Falta muuuuuito ainda pra Dayse ficar melhor, mas só na aparência. Por dentro já tá na medida.
O muito que falta exige grana. Muita grana. Eu faria umas mudanças, nada que mudasse o eu que mamãe botou no mundo, mas que revertesse efeitos dessa gravidade detestável. Além disso, sei lá. Talvez eu tente ter cabelos lisos por um tempo (fico com uma cara tão jeca que vou te contar, de cabelos lisos...).
Anyway.
Inventei de postar sobre a imagem do ET numa lista de tradutores onde, supostamente, tenho imagem de mulher séria. Acho que surpreendi alguns. Outros já sabem que adoro abobrinhas e só sou séria quando o assunto é sério. Acho que sei quando rir e quando fechar a cara. À noite já estava arrependida da história do ET, porque o assunto rendeu e eu detesto quando sou o centro da atenção (nem que seja por uma coisa idiota como o assunto do ET, ou mais ainda por causa disso).
Que mais?
Minha filha volta amanhã dos 13 dias que passou na praia com seu pai, e pra mim a felicidade volta com ela. Já estou aprendendo a não cair em depressão quando estou longe da Letícia, mas mesmo assim quando sei que ela está voltando, mesmo com todas as suas danças, barulho, DVD de High School Musical 24 horas por dia, cantoria, pulos, voz alta e fala agitada, comilança e porquice, meu humor dá um "up" e me vejo quase eufórica de novo. Nada como ter alguém que vive constantemente com a bateria carregada, por perto, pra nos contagiar também. Enfim, ela é apenas uma menina normal de 11 anos... só que mais linda, mais inteligente, mais espirituosa, mais crítica, mais tudo que qualquer outra menina linda e inteligente e espirituosa de 11 anos. Não. Eu não sou mãe-coruja ;-)
De resto, ando pensando no P., que ao me reencontrar não me disse, mas estava com namorada e agora que não está mais com ela, volta a me procurar. Só que eu não sei nunca qual é a minha. Adio pra sempre um novo encontro. Não por ter algo contra ele. Mas também não tenho tanto assim a favor dele. Então, no balanço, não sei por que não o vejo. Mas se visse, também não saberia por que. E passam-se os dias e prefiro continuar como estou (significando: na espera. Na eterna espera que o coração dispare).
Enfim, a vida anda divertida. E com isso o trabalho sofre. Tenho uma capacidade medonha de matar qualquer tempo livre que tenha me divertindo comigo mesma (ouvindo mp3, dançando, desenvolvendo altas fantasias e conversando sozinha, pensando em projetos, cozinhando, limpando casa, afofando meus felinos). De vez em quando preciso das pessoas. E aí de vez em quando também penso na ilusão que tive, ao voltar a morar em Porto Alegre, de que "aquele amigo que era pai-irmão-tudo" sempre estaria por perto. Ele não preenchia buraco nenhum na minha vida. Ao contrário. Acrescentava coisas a ela.
Fazer o quê, se nunca, nunquinha, as mulheres dos meus amigos conseguem gostar de mim?
Não digo que não tenha outros amigos que amo. Mas nenhum é igual ao outro e fica sempre um ponto escuro e vazio, onde estava aquele que partiu, esperando que o dono do espaço volte.
À espera da chuva escassa aqui no Rio Grande do Sul, resolvo que sim, vou passar uma vassoura na casa e não vou ver o Brad Pitt (ai, ai). Era minha última chance, porque depois com a Lelê em casa não vai dar, já que não tenho com quem deixá-la e ela não entra nesse filme. Tomara que ainda esteja passado daqui uns 15 dias. Se não, só DVD ou Sky, pra ver Babel (o que me consola é que também não vou ver Perfume, mas como esse recém está chegando, provavelmente eu ainda consiga assisti-lo, e já que li o livro ages ago e amei, e já que sei que filme não supera livro, a dor é menor.
Amor pela vida é uma coisa engraçada, que vai e volta, né não?

Um comentário:

Anônimo disse...

Always nice to see your pic - fuzzy or not.