12.5.05

(espero jamais perder esta febre, a paixão por traduzir. Conheço pouca coisa que me atice o cérebro mais que traduzir. Fora isso, paixão e ficção. É ou não é um privilégio trabalhar naquilo que se ama?)

Sinto-me como se sexta, sendo quinta
E como se sexta com festa,
batucando no teclado, neurônios agitados,
barulheira infernal no cérebro
– à volta o silêncio.
Sou sexta, num grupo de cinco,
percorrendo becos de significados,
embriagando-me de sentidos
(de palavras, nuanças, expressões)
...como se sexta, não de festa do corpo,
mas da mente,
tradutória orgia como se amanhã,
um falso sábado,
eu despertasse cansada
e de ressaca de letras.

2 comentários:

Anônimo disse...

Belíssimo. É isso que sinto tb. Trabalhar no que se ama? Não tem preço... Tb turns my mind on ver o que está behind tudo... Afinal, nothing is what it seems.
Bjos!
P.S. Só penso no seu poema Céus bebê, ele está me perturbando...
Oh céus!

Anônimo disse...

Beleza, pura Dayse.Amei.
beijo,

Márcia