3.11.05


Admiro homens que andam descalços, riem (não muito alto), usam jeans sem camisa, choram baixinho, massacram neurônios em busca do verso perfeito, amam frio, chuva, vendaval, temporal, lama, terra, mato, bicho, criança.
Adoraria nunca saber o que vai na cabeça de um amante das letras que convivesse comigo (pois a falta de poesia não assassina o mistério?).
Adoraria um homem criativo, que visse em cada folha em branco as possibilidades, em cada olho humano a loucura e a bondade, em cada colo de fêmea um amor de verdade em teoria, mas que no fim do dia sempre voltasse para mim.
Queria amar um poeta (sua carne, sua mente)
... concluo, tardiamente, que nunca fui musa de ninguém -- existe insight mais triste do que saber que se foi querida por fora, mas que por dentro ninguém quis nos abrir?

2 comentários:

Anônimo disse...

Só pra dizer que continuo por aqui!Tenho lido seus textos e você é mesmo 10! Um abraço sempre amigo, Lúcia.

Anônimo disse...

O problema é que, cada vez mais, a generalidade das pessoas não tem paciência para a profundidade dos seres humanos... mas também existem pessoas que não são assim, estou certa que, mais cedo ou mais tarde, uma delas se cruzará contigo!