1.8.04

Clueless

Ultimamente por ti, tudo se faz poesia

É tua boca, é minha cisma, é tua língua, meu prisma.

Teu idioma que desconheço, teu labirinto sem começo

No qual me perdi já no meio, tentando te achar no caminho.

Teu lirismo inusitado, tantos estilos, teu beijo sonhado.

Meus poemas banais, meus modos que se fingem naturais

Teus tantos monstros e mitos, meus tantos pedidos aflitos

Para que fales, para que me sonhes, para que me digas

Em que cores te encontro, em que caminhos te perco

Em que humores te encanto, em que suspiros te acho

Em que traço te descubro e em que letra te cativo

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