26.8.04

Eu vi a Luz (Birds Do It II)



... Madrugadas insones servem para ganharmos insights. Minha única dúvida é se insight de gente sonada serve para algo ou é como discurso de bêbado, aparentemente genial, mas oco.

Descobri que

1. Não sou passarinho (o que já é algo para mim que me confundo com tanta coisa), de modo que não preciso andar de galho em galho dando atenção ao canto de qualquer macho.

2. Não tenho problema nenhum por não sair amando alucinadamente a cada semestre, ano ou triênio, que seja.


3. Não vejo problema, também, em me apaixonar profundamente -- e temporariamente -- como um laboratório de provas para saber quando será AMOR, não amor.

4. E não tenho problema porque, provavelmente, sou uma dessas mulheres que acha que amor de verdade só acontece uma ou, no máximo duas vezes na vida.

A Verdade é um paredão tão gigantesco que quando se está parado bem de frente e quase enterrado em sua base a gente nem o nota. Fica parecendo que aquele muro é tudo o que existe, é nosso horizonte máximo e está lá porque está, apenas, quando é nossa explicação completa e pode ser escalado e visto finalmente, se ousamos recuar ou ultrapassá-lo para vê-lo de outra perspectiva.

Ah, se vocês soubessem o quanto me senti aliviada ao perceber que sou apenas **mais** romântica que o normal, não menos.

Que venham as paixões, então, enquanto espero o Mr. Right (ou Mr. Wrong, que parecerá certinho pra mim).

Ufa.



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